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19.11.12

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a vida não é de será / a vida é de é!
é pra frente/ não de ré
é a favor/ não é contra a maré...

Polak

11.11.12

Vermelho Vasilhame



não subtraia de mim amor
adicione
dê mais volume
corpo ao corpo
paixão a paixão
emocione-me...
acrescente rubor, ardor
gota quente
jogue dentro do vermelho vasilhame
misture tudo
com o que não espero
mas desejo e quero
multiplique amor, enfim
cuidando-me com zêlo , esmero
apenas divida a vida comigo
todo infinito do tempo
começando agora
e do zero!


Polak

27.9.12

Lua e mar





Lua e mar

 
quando havia lua  e mar
quando oceano de tristeza estampado de estrelas na cara
devorava  noites e fins de semanas insanos e insones
havia amor na solidão que pairava
mesmo que um amor só
sem complemento ou união, mesmo que desilusão
quando existia amor
existia a luz, mas precipício é escuridão!
e o que não se via, não havia
era mudo e já não obedecia a lógica, a sensação...

Polak

14.10.10

meninas são estrelas



amei estrelas
estateladas pelo chão
cadentes, caladas
na palma da minha mão

atirei no corpo dela
no centro do coração
na liga frágil da alma
que pende para a paixão...

amei meninas
trôpegas , nas calçadas tão sujas das ruas
cada uma era como se fosse uma
aquela que não se esqueceu!

tão frágeis, meninas serenas
boêmias por profissão
bucólicas por natureza
tímidas por pretensão!

amei estrelas e meninas
brilhos vários e vazios
cada lembrança era uma cadência
cada coincidência , um rastro de um destino sombrio...


Polak

ÁGUA


no faro fino
o fino vão
que separa

que une
as mãos
e as línguas

a alma
grita
a lua que míngua

o corpo
seca
o sol que arde

a mão que une
desune
desapropria

a própria alma
silencia
a lua enche

nos olhos úmidos
águas cheias de dor
que caem não sei de onde...

Polak

7.10.10

CHINA



o gado sacia
a fome
no verde pasto

o vasto do
campo é
lindo no amanhecer

a china
me dá chamego
pela tardinha

e canta
canções tão lindas
no anoitecer

é bela
a voz da
morena

é paz
para o meu
coração

na primavera
lhe trago
flores

e os meus
desejos
no verão

a china
fica
faceira

na beira
do
ribeirão

refresca
seu corpo
doce

nos braços
do
rapagão

e deita
com a face
em meu peito

iluminando
o meu leito
sem o fogo do lampião

Polak

dois pólos




as minhas
carências
e os meus
excessos
me deixam
repleto
e completamente
vazio


Polak

TUA ESTRELA



tua estrela
é tua
brilha em teu corpo
nua!

sua
o suor dos astros
escorre em bruma
no calor de teu corpo...

a lua
assiste a tudo calada
alada em desejo
presa em alucinação!

tua estrela
é filha da lua?
ou é fruto
da imaginação?


Polak

Pedaços do coração do poeta



espere o sonho
transformar-se em realidade
a tristeza em felicidade
o amor em saudade
a fazenda em cidade
tudo o que for antigo
na mais perfeita modernidade
faça da sua timidez
a sua mais selvagem vaidade
da preguiça, a vontade
de morder os lábios e se entregar para mim!
estar comigo, mesmo que distante
seguir adiante, parar
voar sem sair do chão...
espere o trigo se fazer em pão
nuvem em algodão
no toque sincero e áspero
na frieza farta
do toque das mãos ausentes
no calor ardente
do encontro do nosso olhar!
a frase só se faz
recheada de palavras
poemas são pedaços
do coração do Poeta

Polak

SONHOS DE ETERNIDADE




os sonhos da eternidade
em amores êfemeros sem amanhã
manhãs apáticas, desiludidas
interrompendo o futuro, que passa no colo de Iansã...

a gente vai andando, vai passando
passeando em corpos, dormindo em corações
suavizando almas, proporcionando emoções
vivenciando as areias da vida, os grãos das nossas paixões!

em meio aos labirintos, encontramos direções
atalhos e movimentos falsos, decepções
percepções alheias, passos opostos
são tantos os caminhos tortos...

sigo reto, obsoleto e farto
e arde o peito de paixão e dor
dos grãos de areia tateados pelos olhos
o caminho da lágrima é a estrada do amor!

12.7.08

no tempo em que se viveu



povoados olham, perplexos

mas se fecham para o olhar

a luz da vida , o amor maior

no minuto posto, na hora contigo

perdoa-me amado amigo

seria comigo, não fosse o destino

traiçoeiro menino sem dó nem pudor

nossas vidas se foram

nossos dias de sol

mas a vida dá voltas

e eu sei que essas voltas

nos levam ao sol

diferentes raios

de mesmo calor

opostos e simétricos

distantes e eternamente juntos

no tempo que se viveu

antes de tudo, de nada...



Polak

luzes da alma



tudo o que afaga, fere

repele e pede

desfaz e nega

as luzes da alma

são amarelas, néon

alucinam multidões

com seus brilhos e vozes

o que pode , e o que não pode

depende do seu modo de visão...

Polak

A IMPOSSIBILIDADE DO IMPOSSÍVEL





hoje acordei achando tudo possível!
nada havia de impossível no país dos acomodados
no sonho das donzelas, dos tarados
era tudo permitido, e os sonhos realizados!

aquela mentirinha tornando-se em verdade
desunindo as metades, confundindo o amor
plantou-se a semente errada, e certa a semente brotou
em meu jardim enluarado, alumiado com o brilho do teu amor!

dos olhos negros somaram-se dois azuis
do renascimento, a cruz
aquele que parecia Jesus
de barba e cabelos longos apenas sofria, e louco sorria...

a culpa já não existia
a cuca não incomodava
lembranças e histórias tristes
para todo o sempre apagadas!

e o eco da nossa gargalhada
eternizado em minhas lembranças
parecíamos duas crianças
cantando um amanhã colorido e regado da mais pura esperança!


Polak

menininha triste




as praças continuam agitadas
as calçadas enfeitadas
crianças enfileiradas
a brincar no escorregador


escorrega a dor
na face da menininha
tão branca, tão miudinha
dá medo até de encostar...


é de vidro ou diamante
os olhos tão penetrantes
da carência instigante
do olhar desta menina?


a alma reflete e fascina
os lugares ilumina
os cães e gatos ela mima
como se fossem seus irmãos


olha pro céu e reclina
a cabeça voltada para o chão
questiona o inverno, a frieza
prefere a paixão que é o verão


imagina o que pensa a menina
o que pensa a menina de deus?
traz um pingo de alegria
pra jogar nos olhos meus?

Pálida





Fosca face
Que não reluz
Nem brilha...

Branca ilha
Que não dá flor
Nem brilha...

Nublada lua
Que não ilumina
Nem brilha...

Apática menina
Que não tem amor
Nem brilha...

A filha do amor
É incolor
Não brilha!

28.6.07

FLOR DA NOITE






Varreduras nas calçadas
De ódio, vingança e rancor
Varre bem que logo chega
Passa puro o meu amor...

Leves passos, decididos
Suaves, repletos de cor
Um sorriso tão bonito
E o cheiro tão doce da flor!

Varreduras nas calçadas
Vai passar minha paixão
Não quero cisco, sujeira
Apenas pétalas pelo chão

Serena, vem como a garoa
Garota dos olhos de ouro
Da alma, dos sonhos, estrelas
Teu corpo é um tenro tesouro...

Varreduras nas calçadas
Meu amor se vai agora
Veio como um grão de luz
Na escuridão se vai embora

Flor da noite, dos mistérios
Do amor e da paixão
Abandona o teu amado
Despedaça um coração...

Polak